As novas doses serão utilizadas para dar continuidade à vacinação do público de pessoas com comorbidades, trabalhadores da educação e do sistema prisional
O Espírito Santo recebeu na madrugada desta quarta-feira (26) mais uma remessa de imunizantes contra a covid-19. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foram enviadas 139.750 mil doses da Astrazeneca, vacina produzida pela Fiocruz, e envio aos municípios da Região Metropolitana acontecerá ainda nesta manhã.
As novas doses serão utilizadas para dar continuidade à vacinação do público de pessoas com comorbidades, trabalhadores da educação e do sistema prisional. O governo do Estado sinalizou aos municípios para darem início à vacinação do público acima dos 18 anos com comorbidade.
Além disso, com a chegada dessa nova remessa, o Estado dará início à distribuição para atender profissionais do transporte de passageiros (motoristas e cobradores) e pessoas em situação de rua. Os novos grupos contam com uma população estimada de pouco mais de 22 mil pessoas.
O Estado também deve receber 12.870 doses da Pfizer/BioNTech para reforçar a imunização dos grupos e de gestantes e puérperas. Mas, de acordo com o Ministério da Saúde, essas vacinas ainda não têm prazo para chegar. A Sesa informou que ainda aguarda a confirmação da data de envio.
Retomada na produção
Na terça-feira (25) a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou a retomada da produção de vacinas contra a covid-19, que ficou parada por cinco dias. A razão foi a falta temporária de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que é a base do imunizante.
A capacidade de fabricação da Fiocruz é de 1 milhão de doses por dia. No entanto, até as vacinas chegarem aos estados e municípios, o caminho é longo. As doses são encaminhadas para um processo de controle de qualidade, que dura pelo menos três semanas. Somente depois elas são entregues ao Ministério da Saúde, para distribuição.
Também na terça (25) um voo vindo da China com 3 mil litros de IFA chegou em São Paulo. A matéria-prima, no entanto, ainda passará por um processo de envase, rotulagem, embalagem e de controle de qualidade, para que a vacina seja entregue ao Programa Nacional de Imunização. Todo esse processo dura, em média, de 15 a 20 dias.
Mesmo com a interrupção na fabricação, a Fiocruz garante que manteve o cronograma de entrega semanal. Já sobre a Coronavac, a chegada de mais vacinas ao Espírito Santo é incerta. O Instituto Butantan ainda não informou quando entregará mais doses ao Ministério da Saúde.
Fonte: Folha Vitória