A esposa do agressor disse que o homem é agressivo desde o início do casamento
Um jovem, de 18 anos, foi gravemente ferido com um golpe de facão desferido pelo próprio pai. O rapaz foi atingido ao defender a própria mãe. O caso aconteceu na noite de quarta-feira (30), em Jacaraípe, na Serra.
Ivanilda Soares, vítima do crime, relatou à equipe da TV Vitória/Record que conheceu o homem em uma igreja após ficar viúva, há 24 anos.
“Já larguei ele três vezes. Eu só voltei porque toda vez que eu larguei, ele sempre estava atrás, me ameaçando”,disse Ivanilda.
A vítima afirmou que o homem a torturava psicologicamente até na hora de dormir.
“Muitas vezes, ele tirou foto de mim dormindo. Ele me mostrava e falava assim: ‘Olha aí, se eu quiser te matar, eu te mato dormindo'”, contou a vítima.
Ela também disse que, no início, o homem não era agressivo dentro de casa.
“No início, ele era um santo. Eu era da igreja também. Quando o conheci, estava na igreja, aí eu fiquei viúva. Com 30 dias que fiquei viúva, ele ficou indo atrás de mim direto, insistindo, eu não queria, mas acabei dando a chance para o diabo”, contou a mulher.
O último ato criminoso feito pelo homem foi cometido na noite de quarta-feira (30). Com um facão, o homem ameaçou a vítima e feriu gravemente o próprio filho.
“Ele já tinha pegado o facão para me agredir. Aí, na hora que o meu menino veio, eu perguntei se ele queria me agredir novamente. Ele pegou o facão de novo, queria bater em mim. Aí meu menino foi para cima dele e ele cortou o braço. Foi muito grave, foi muito profundo, quase chegou no osso”, relatou a vítima.
A agressão teria começado por causa da internet da casa. Após ter ferido o filho, o criminoso se trancou no quarto e não demonstrou qualquer arrependimento.
O rapaz, de 18 anos, passou a noite e a madrugada no hospital e precisou de vários pontos no ferimento. A mãe do jovem contou que apesar das agressões constantes, nunca tinha denunciado o marido à polícia.
Segundo a mulher, o homem era viciado em bebidas alcoólicas, e nunca contribuiu financeiramente com a família.
“Nunca me deu nada. A casa que a gente tem fui eu que corri atrás, eu consegui. Quando meu marido morreu, ele deixou um barraquinho, então eu tenho essa casa através do barraco, porque ele nunca me deu nada”, disse a mulher.
Fonte: Folha Vitória