Dessa vez a situação é diferente. A nuvem comporta cerca de 400 milhões de gafanhotos e o tamanho aproximado de dez quilômetros quadrados
Fatores como temperatura acima da média e o inverno seco contribuíram diretamente para a formação de uma nova nuvem de gafanhotos no Paraguai. O governo brasileiro monitora os insetos com a ajuda de outros países da América do Sul e técnicos paraguaios.
Dessa vez a situação é diferente. A nuvem comporta cerca de 400 milhões de gafanhotos e o tamanho aproximado de dez quilômetros quadrados. De acordo com as análises, os insetos estão indo em direção a Argentina.
“Estamos acompanhando de perto as duas nuvens, em colaboração com técnicos da Argentina, Paraguai e de outros países da região”, disse Carlos Goulart, diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura
A formação da nuvem aconteceu devido ao clima seco e mais quente que interrompeu a hibernação dos gafanhotos. Nos meses de frio, normalmente eles ficam mais quietos e não acasalam com frequência.
“As temperaturas pouco frias e a menor umidade costumam acelerar o metabolismo dos gafanhotos”, disse Goulart sobre a mudança de comportamento dos insetos.
A grande preocupação do governo brasileiro é que as nuvens de gafanhotos possam chegar ao país e prejudicar a agricultura. Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul são importantes produtores de grãos e podem ser afetados pelos insetos.
Por enquanto, o risco de os insetos chegarem ao país é pequeno. “Mas é preciso fiscalizar constantemente, como estamos fazendo, porque uma corrente de vento mais forte pode acelerar em até 100 quilômetros por hora o deslocamento da nuvem”, finalizou.
Fonte: Jornal de Brasília