Decisão da Secretaria de Comércio Exterior ocorre após leilão comprar apenas 3% dos materiais necessários para imunização

O Secex (Secretaria de Comércio Exterior) do governo federal decidiu proibir a exportação de seringas e agulhas para vacinação contra a covid-19. De acordo com o órgão, a venda dos produtos para o exterior requer “licença especial”.

A decisão surge dias após fracassar a primeira tentativa de comprar os materiais em um pregão eletrônico. No leilão, o ministério só conseguiu oferta para adquirir 7,9 milhões das 331 milhões de unidades que a pasta tem a intenção de comprar para vacinar a população.

A Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos) afirma que os preços apresentados pelo governo para a compra de agulhas e seringas era muito baixo. Eles cobram um “preço realista” para vender os materiais e afirmam que o ministério ofereceu R$ 0,13 por seringa quando as companhias pediam entre R$ 0,22 e R$ 0,48.

A associação afirma que alerta o Ministério da Saúde desde julho sobre a necessidade de planejar a compra dos materiais para a vacinação. A previsão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é iniciar a imunização contra covid-19 no Brasil entre o fim de janeiro e início de fevereiro.

Diante do impasse, alguns Estados já correm atrás dos materiais para garantir a imunização da população. São Paulo afirma que adquiriu 71 milhões de seringas e agulhas para aplicação da vacina contra a covid-19 durante a campanha prevista para começar em 25 de janeiro. Outros Estados, no entanto, dependem da aquisição e distribuição dos produtos pelo governo federal.

Fonte; R7