Crime aconteceu em julho deste ano em Cariacica. Suspeito alega ter agido em legítima defesa, mas a polícia contesta essa versão e afirma que ele teve a intenção de praticar o crime.
Um jovem de 18 anos foi preso pela Polícia Civil na última sexta-feira (6) suspeito de ter utilizado um vaso sanitário para golpear uma mulher até a morte no bairro Castelo Branco, em Cariacica, na Grande Vitória.
O crime aconteceu no dia 4 de julho deste ano. De acordo com a delegada Rafaella Aguiar, titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), o suspeito confessou o crime à polícia.
Em depoimento, ele afirmou que no dia do assassinato mentiu para a namorada e foi se divertir em uma festa. No local, ele se encontrou com a vítima, que tinha 18 anos, e ficou com ela. Os dois eram usuários de drogas e decidiram ir até uma construção utilizada por dependentes químicos. Foi neste local que a jovem acabou sendo morta.
De acordo com a delegada, a sequência de golpes feitos com uma peça de vaso sanitário fraturou todos os ossos da face da vítima. Ainda assim, o jovem alegou que cometeu o crime em legítima defesa. A polícia contesta essa versão.
“Ele diz que só praticou o ato violento agindo em legítima defesa porque, teoricamente, ela teria pegado a peça do vaso sanitário e arremessado contra ele. Mas isso não procede, tendo em vista que ele tem uma grande superioridade física em relação à vítima e ela já estava com a capacidade alterada devido ao uso da droga”, explicou Rafaella Aguiar em coletiva de imprensa nesta terça (10).
A delegada ainda pontuou que em nenhum momento o jovem demonstrou arrependimento pelo crime. “Ele realmente praticou o ato com o dolo de matar”, destacou.
Além das provas técnicas obtidas pela polícia, o próprio jovem se apresentou à delegacia um dia após o crime acompanhado da mãe e de duas advogadas.
Como na época do homicídio o suspeito tinha 17 anos, sendo, portanto, menor de idade, ele responderá por ato infracional análogo a homicídio e foi encaminhado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases).
Caso seja condenado, ele poderá permanecer na instituição até os 21 anos.
Fonte: G1