Atleta começou bem a final, cometeu erros, mas se recuperou para garantir a segunda posição, atrás do japonês Yuto Horigome
O primeiro pódio do skate olímpico teve brasileiro. Kelvin Hoefler conquistou a prata na manhã deste domingo (25) e, de quebra, garantiu a primeira medalha do país em Tóquio 2020. O japonês Yuto Horigome foi o primeiro colocado, com o norte-americano Jagger Eaton também no pódio do street, no Ariake Sports Park.
Hoefler, de 28 anos, avançou à final com a quarta melhor nota. Os também brasileiros Giovanni Vianna (12º) e Gustavo Felipe (14º) ficaram pelo caminho, já que apenas oito passavam.
E se Kelvin mostrou certo nervosismo na fase de classificação, na decisão ele foi praticamente perfeito nas suas duas voltas, na liderança, somando 17,82 (8,98 e 8,84), superando até mesmo Nyjah Huston (7,90 e 9,11), dono de oito medalhas nos X-Games, uma espécie de Olimpíada dos esportes radicais.
Na disputa por manobras, o brasileiro somou 8,99 na primeira nota, mas depois zerou duas vezes, o que o fez despencar na disputa. Ele ainda teve um 7,58 (descartado) e um 9,34 para confirmar o segundo lugar com o somatório de 36,15.
O ouro ficou com o japonês Yuto Horigome, com 37,18 na soma das quatro maiores notas. O norte-americano Jagger Eaton levou o bronze.
O skate, assim como o surfe, alguns dos novatos no programa olímpico, devem impulsionar o Brasil no quadro de medalhas. Ainda sobre rodinhas, as chances de um pódio triplo para o país no street feminino são consideráveis. Leticia Bufoni, Rayssa Leal e Pamela Rosa brigam por mais medalhas nesta segunda.
Sem público, como medida de segurança sanitária do governo japonês para conter a disseminação da covid-19, a organização teve de se virar com muita música entre as sessões. Agradou, mas justamente pela ausência de público, a comparação com os grandes eventos da modalidade não seria das mais justas.
Uma outra preocupação com a competição olímpica estava ligada à vestimenta dos atletas. O estilo mais despojado dos competidores foi adaptado dentro do uniforme das organizações nacionais. As calças continuavam largas, mas dentro de um padrão, acompanhadas de uma camiseta multicolorida entre as principais delegações.
A bateria final começou com 33ºC na pista que será um dos legados olímpicos para a capital japonesa — Hoefler, inclusive, teve um papel fundamental para que a disputa começasse mais cedo e fugisse pelo menos um pouco do calor.
Além do skate e do surfe, o basquete 3×3, o BMX freestyle, o caratê e a escalada esportiva estrearam no programa olímpico. O beisebol e o softbol, tradições japonesas, voltaram ao evento.
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Fonte: R7