Documentos podem ter sido escritos para que Eliara Nardis pensasse em combinar versão para apresentar à polícia, diz delegada
A mulher presa após confessar ter matado os filhos de 3 e 10 anos em Guarapuava (PR) deixou cartas encontradas durante diligências da Polícia Civil após os assassinatos.
Segundo Ana Hass, a delegada responsável pelo caso, os documentos podem ter sido escritos para que Eliara Paes Nardis, mãe das vítimas, estudasse como cometeria os crimes e pensar em uma estratégia de defesa a respeito das mortes.
“Acreditamos que esses materiais teriam sido feitos para estudar como ela faria as ações e combinar a versão que seria apresentada”, disse Hass.
À polícia, Eliara disse que matou o menino com um travesseiro e a garota com um cachecol. O laudo pericial sobre o crime ainda apontará se a versão da mulher condiz com a causa da morte dos dois filhos.
“Esses meios podem qualificar os homicídios. Vamos verificar as datas em que tudo ocorreu”, afirmou a delegada.
Polícia investiga cárcere privado e tortura
Ainda segundo Ana Hass, a polícia investiga se os assassinatos de fato ocorreram no mesmo dia, como relatou Eliara Nardis, ou em datas diferentes. Nesse último caso, comentou a delegada, o crime pode configurar também cárcere privado e tortura.
Até o momento, duas testemunhas foram ouvidas: a irmã da vítima e o pai do menino. “Vamos ouvir o pessoal da escola das crianças e outras testemunhas. Estamos tentando adiantar o máximo possível para o encerramento do inquérito”, destacou Hass.
Além das oitivas, os investigadores buscam imagens do prédio onde Eliara morava e analisar as movimentações da mãe e dos filhos, bem como a frequência escolar das crianças. As investigações devem ser encerradas até a próxima segunda (5).
Após confessar ter matado os filhos e escondido os corpos ao longo de duas semanas, a mulher foi presa em flagrante na tarde do sábado (27).
Fonte: R7