O estudo aponta eficácia do método em queimaduras de segundo e terceiro graus e em lesões, agindo como um “curativo biológico” na cicatrização
Um grupo de seis médicos sairá do Rio de Janeiro até Beirute, no domingo (9), para auxiliar no tratamento dos mais de 5.000 feridos após a grande explosão na zona portuária da capital libanesa.
Além de medicamentos e insumos, a equipe levará cerca de 30 mil cm² de pele de tilápia para tratar os ferimentos causados por queimaduras. O método pioneiro existe no Brasil desde 2014 e foi desenvolvido por pesquisadores da UFC (Universidade Federal do Ceará), em Fortaleza.
O estudo aponta eficácia do método em queimaduras de segundo e terceiro graus e em lesões, agindo como um “curativo biológico” na cicatrização.
De acordo com o cirurgião plástico Edmar Maciel, um dos criadores da técnica, a pele de tilápia é utilizada hoje em pesquisas e no tratamento de queimaduras em sete estados brasileiros, além de países como Colômbia, Estados Unidos, Canadá, Holanda e Portugal.
Nos EUA, por exemplo, o peixe foi usado para tratar ursos feridos em um incêndio na Califórnia, em 2018. Um estudo da Nasa, o programa espacial americano, chegou a utilizar o item para testes em foguetes.
“No Brasil, para tratar queimaduras, usamos geralmente um creme com efeito de 24 horas. Todos os dias é preciso trocar o curativo, tirar o creme, enxaguar a área queimada, colocar o creme e fazer um novo curativo”, diz Edmar, que preside o Instituto de Apoio ao Queimado. “Acaba sendo muito doloroso.”
Já a pele do peixe, em contato com a queimadura durante vários dias, evita as dores que resultam na necessidade de trocar o curativo.
Um carregamento com as peles sairá do laboratório da UFC para o Rio e segue com os médicos até Beirute. “A intenção é que o grupo permaneça em território libanês por 15 dias, com apoio do governo local”, explica Jorge Derze, subsecretário de Saúde do Rio de Janeiro.
A articulação ocorre por meio da cooperação entre a Associação de Cirurgiões Plásticos de Descendência Libanesa, a Prefeitura do Rio de Janeiro e o consulado libanês na cidade.
Uma reunião na tarde desta quinta (6) tratou da logística da operação. Os médicos se submeteram ao teste do tipo RT-PCR para detecção da Covid-19 antes de viagem.
Para Jorge Derze, descendente de libaneses, há pressa para que o grupo chegue no local. “Caso o governo federal determine a ida de uma aeronave da Força Aérea para Beirute, a equipe e todo o material deverá seguir no mesmo voo, do contrário, vamos comprar a passagem da equipe amanhã.”
Nesta quarta (5), o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo brasileiro fará um “gesto concreto” para ajudar os libaneses. Durante cerimônia no Ministério de Minas e Energia, ele afirmou que está em contato com a comunidade libanesa para que ela indique as necessidades no país.
Bolsonaro chegou a considerar possibilidade de ceder um KC-390, o maior cargueiro da FAB, com capacidade de até 26 toneladas a uma velocidade máxima de 470 nós (870 km/h).
À reportagem o cônsul-geral do Líbano no Rio, Alejandro Bitar, exaltou a iniciativa. Na quinta, a bandeira do Líbano foi projetada na estátua do Cristo Redentor.
O ato simbólico foi pensado pelo consulado na cidade junto com a comunidade libanesa local, a Arquidiocese, as igrejas ortodoxa, melquita e maronita e as instituições líbano-brasileiras do Rio.
Um grupo de seis médicos sairá do Rio de Janeiro até Beirute, no domingo (9), para auxiliar no tratamento dos mais de 5.000 feridos após a grande explosão na zona portuária da capital libanesa.
Além de medicamentos e insumos, a equipe levará cerca de 30 mil cm² de pele de tilápia para tratar os ferimentos causados por queimaduras. O método pioneiro existe no Brasil desde 2014 e foi desenvolvido por pesquisadores da UFC (Universidade Federal do Ceará), em Fortaleza.
O estudo aponta eficácia do método em queimaduras de segundo e terceiro graus e em lesões, agindo como um “curativo biológico” na cicatrização.
De acordo com o cirurgião plástico Edmar Maciel, um dos criadores da técnica, a pele de tilápia é utilizada hoje em pesquisas e no tratamento de queimaduras em sete estados brasileiros, além de países como Colômbia, Estados Unidos, Canadá, Holanda e Portugal.
Nos EUA, por exemplo, o peixe foi usado para tratar ursos feridos em um incêndio na Califórnia, em 2018. Um estudo da Nasa, o programa espacial americano, chegou a utilizar o item para testes em foguetes.
“No Brasil, para tratar queimaduras, usamos geralmente um creme com efeito de 24 horas. Todos os dias é preciso trocar o curativo, tirar o creme, enxaguar a área queimada, colocar o creme e fazer um novo curativo”, diz Edmar, que preside o Instituto de Apoio ao Queimado. “Acaba sendo muito doloroso.”
Já a pele do peixe, em contato com a queimadura durante vários dias, evita as dores que resultam na necessidade de trocar o curativo.
Um carregamento com as peles sairá do laboratório da UFC para o Rio e segue com os médicos até Beirute. “A intenção é que o grupo permaneça em território libanês por 15 dias, com apoio do governo local”, explica Jorge Derze, subsecretário de Saúde do Rio de Janeiro.
A articulação ocorre por meio da cooperação entre a Associação de Cirurgiões Plásticos de Descendência Libanesa, a Prefeitura do Rio de Janeiro e o consulado libanês na cidade.
Uma reunião na tarde desta quinta (6) tratou da logística da operação. Os médicos se submeteram ao teste do tipo RT-PCR para detecção da Covid-19 antes de viagem.
Para Jorge Derze, descendente de libaneses, há pressa para que o grupo chegue no local. “Caso o governo federal determine a ida de uma aeronave da Força Aérea para Beirute, a equipe e todo o material deverá seguir no mesmo voo, do contrário, vamos comprar a passagem da equipe amanhã.”
Nesta quarta (5), o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo brasileiro fará um “gesto concreto” para ajudar os libaneses. Durante cerimônia no Ministério de Minas e Energia, ele afirmou que está em contato com a comunidade libanesa para que ela indique as necessidades no país.
Bolsonaro chegou a considerar possibilidade de ceder um KC-390, o maior cargueiro da FAB, com capacidade de até 26 toneladas a uma velocidade máxima de 470 nós (870 km/h).
À reportagem o cônsul-geral do Líbano no Rio, Alejandro Bitar, exaltou a iniciativa. Na quinta, a bandeira do Líbano foi projetada na estátua do Cristo Redentor.
O ato simbólico foi pensado pelo consulado na cidade junto com a comunidade libanesa local, a Arquidiocese, as igrejas ortodoxa, melquita e maronita e as instituições líbano-brasileiras do Rio.
Fonte: FolhaPress