As medidas que deveriam expirar em 3 de abril serão inevitavelmente estendidas’, disse o ministro de Assuntos Regionais Francesco Boccia
O número de mortes por coronavírus na Itália caiu pelo segundo dia consecutivo neste domingo (29), mas o país ainda estuda uma medida de isolamento social mais rígida.
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O departamento de Proteção Civil disse que 756 pessoas morreram no último dia, elevando o total para 10.779 – mais de um terço de todas as mortes pelo vírus em todo o mundo.
Houve foram 133 mortes a menos do que as 889 mortes registradas no sábado, quando os números caíram de um recorde de 919 na última sexta-feira (27).
Embora o número total de casos confirmados tenha aumentado para 97.689 no domingo em relação aos 92.472 anteriores, foi o menor aumento diário em novos casos desde quarta-feira.
Mas, apesar das esperanças das autoridades italianas de que a tendência de queda continuasse, parecia cada vez mais provável que as restrições a todas as atividades, exceto as essenciais, que deveriam expirar na sexta-feira, fossem logo estendidas oficialmente.
“As medidas que deveriam expirar em 3 de abril serão inevitavelmente estendidas”, disse o ministro de Assuntos Regionais Francesco Boccia à televisão Sky TG24.
Ele disse que o momento seria decidido pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte e pelo governo com base em dados da comunidade médica e científica.
“Acho que seria inapropriado e irresponsável falar em reabertura (escolas e locais de produção)”, disse Boccia.
A mídia italiana informou que a extensão pode durar mais duas semanas até cerca de 18 de abril.
O ministro de esportes da Itália disse no domingo que proporia a proibição de todos os eventos esportivos, incluindo jogos de futebol, durante todo o mês de abril.
O ministro da Saúde, Roberto Speranza, pediu aos italianos que não baixassem a guarda.
“Apagaríamos todos os esforços feitos até agora para conter o contágio. Os sacrifícios das últimas semanas são sérios”, disse ele ao jornal Corriere della Sera em entrevista publicada no domingo.
As mortes diárias na região norte da Lombardia, a área que sofreu o impacto da emergência, caíram acentuadamente em relação à contagem de sábado.
“Não há mais um aumento exponencial nos dados, mostrando que o que foi feito está dando resultados”, disse Danilo Cereda, funcionário do governo regional da Lombardia.
Giulio Gallera, o principal oficial de saúde da região norte da Lombardia, disse que os italianos precisam reconhecer que terão que viver “de uma maneira diferente nos próximos meses”.
Mais de 662.700 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo e 30.751 morreram, segundo um relatório da Reuters.
Fonte: R7