Nutricionista Ilana Kalil teve duas filhas com Renato Kalil, atualmente alvo de denúncias por violência obstétrica
A nutricionista e instrumentadora cirúrgica Ilana Ayres Kalil, de 40 anos, foi encontrada morta em sua casa nesta segunda-feira (14). A informação foi confirmada pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo. Ainda de acordo com a pasta, a morte foi registrada como suicídio no 89° DP (Portal do Morumbi), e outros detalhes do caso serão preservados.
Ela era esposa do médico ginecologista Renato Kalil há quinze anos, com quem tinha duas filhas. Segundo o boletim de ocorrência, ele que encontrou Ilana morta, no sofá da sala de estar de onde o casal morava.
Depois de ser alvo de denúncias por violência obstétrica, Renato Kalil começou a ser investigado pelo Cremesp e MP-SP (Ministério Público de São Paulo). O médico nega as acusações e afirma já ter feito mais de 10 mil partos ao longo da carreira, sem nenhuma reclamação ou incidente.
O caso veio à tona a partir do vazamento nas redes sociais de áudios e vídeo enviados pela influenciadora Shantal Verdelho a um grupo de amigos. Neles, ela relata o que ocorreu durante o nascimento de sua filha, Domenica, em setembro. “Quando a gente assistia ao vídeo do parto, ele (Renato) me xingava o trabalho de parto inteiro. Ele fala: ‘porr*, faz força. Filha da mãe, ela não faz força direito. Viadinha. Que ódio. Não se mexe, porr*'”, conta Shantal no áudio.
Violência obstétrica é o termo que caracteriza qualquer ofensa verbal ou física praticada contra mulheres gestantes, em trabalho de parto ou no período do puerpério — pelo médico, pela equipe hospitalar, por familiar ou acompanhante. Em 2014, a violência obstétrica foi reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma questão de saúde pública que afeta diretamente as mulheres e seus bebês.
Fonte: R7