Alemanha e República Tcheca estiveram entre os primeiros países europeus a reabrirem o ensino primário depois de quarentenas
Quando as escolas reabriram na República Tcheca, em maio, Elis Silveira esperou um pouco antes de mandar Pedro e Isadora para as turmas de quarto e sétimo ano. A presença era opcional, e ela se preocupava com o risco de que o menino pudesse contagiar a avó, com quem faz as lições de casa.
“Depois vimos que estava tudo tranquilo”, diz ela. As turmas eram de no máximo 15 alunos e, para os mais velhos, só duas vezes por semana, em esquema de revezamento -e todos de máscara.
Também na Alemanha o ensino primário adotou turmas alternadas, uma a cada semana, e Michael, 11, voltou logo no primeiro dia, afirma Giovanna Bader. Já sua filha Valentina, 4, ia todos os dias, porque estava em fase de pré-alfabetização.
Quando as escolas reabriram na República Tcheca, em maio, Elis Silveira esperou um pouco antes de mandar Pedro e Isadora para as turmas de quarto e sétimo ano. A presença era opcional, e ela se preocupava com o risco de que o menino pudesse contagiar a avó, com quem faz as lições de casa.
“Depois vimos que estava tudo tranquilo”, diz ela. As turmas eram de no máximo 15 alunos e, para os mais velhos, só duas vezes por semana, em esquema de revezamento -e todos de máscara.
Também na Alemanha o ensino primário adotou turmas alternadas, uma a cada semana, e Michael, 11, voltou logo no primeiro dia, afirma Giovanna Bader. Já sua filha Valentina, 4, ia todos os dias, porque estava em fase de pré-alfabetização.
“Demos graças a Deus. Para os pais foi muito difícil acompanhar o ensino em casa, porque as escolas alemãs não tinham dinâmica nenhuma para o estudo online”, diz ela.
Alemanha e República Tcheca estiveram entre os primeiros países europeus a reabrirem o ensino primário depois de quarentenas, segundo a agência europeia de controle de doenças transmissíveis (ECDC), que publicou nesta quinta (6) um relatório sobre o impacto da volta às aulas.
Não há parâmetros para comparar a situação brasileira com a europeia, porque a doença atingiu os territórios em momentos diferentes, com outro grau de conhecimento sobre sua dinâmica, prevenção e tratamento. Além disso, a Europa adotou restrições duras, derrubou rapidamente o número de novos casos e implantou um sistema eficiente de testes e rastreamento, com raras exceções.
Nesse cenário, o que o ECDC conclui depois de acompanhar de perto 31 países em três níveis (ensino fundamental, primário e secundário) é que:
1) em geral, reabrir escolas não teve impacto significativo sobre a transmissão comunitária;
2) fechar escolas não é, isoladamente, uma medida eficaz para conter a transmissão de coronavírus;
3) abrir ou não é uma decisão que depende muito da capacidade de implantar outras medidas de controle do contágio.
A agência afirma que, sem informações conclusivas sobre o papel das crianças na transmissão do coronavírus, muitos países tomaram a decisões com base no que se sabia sobre o impacto do fechamento preventivo de escolas na transmissão de Influenza.
Eles começaram a fechar as escolas em março e, no final de abril, 80% dos governos haviam parado as creches e pré-escolas, 90%, o ensino primário (de 5 a 11 anos) e 100% o ensino secundário (de 12 a 18 anos). Quatro países (Estônia, Finlândia, Islândia e Suécia) nunca encerraram pré-escolas, e dois mantiveram abertas também as primárias (Islândia e Suécia).
As reaberturas parciais começaram na segunda quinzena de maio na maioria dos Estados europeus. Na Dinamarca, também um dos primeiros a retomar aulas com um detalhado plano de etapas e controles, o novo semestre começa nesta segunda (10), já em modo normal, segundo Liv Arnth Jorgensen, do Ministério da Educação.
Quando as escolas reabriram na República Tcheca, em maio, Elis Silveira esperou um pouco antes de mandar Pedro e Isadora para as turmas de quarto e sétimo ano. A presença era opcional, e ela se preocupava com o risco de que o menino pudesse contagiar a avó, com quem faz as lições de casa.
“Depois vimos que estava tudo tranquilo”, diz ela. As turmas eram de no máximo 15 alunos e, para os mais velhos, só duas vezes por semana, em esquema de revezamento -e todos de máscara.
Também na Alemanha o ensino primário adotou turmas alternadas, uma a cada semana, e Michael, 11, voltou logo no primeiro dia, afirma Giovanna Bader. Já sua filha Valentina, 4, ia todos os dias, porque estava em fase de pré-alfabetização.
“Demos graças a Deus. Para os pais foi muito difícil acompanhar o ensino em casa, porque as escolas alemãs não tinham dinâmica nenhuma para o estudo online”, diz ela.
Alemanha e República Tcheca estiveram entre os primeiros países europeus a reabrirem o ensino primário depois de quarentenas, segundo a agência europeia de controle de doenças transmissíveis (ECDC), que publicou nesta quinta (6) um relatório sobre o impacto da volta às aulas.
Não há parâmetros para comparar a situação brasileira com a europeia, porque a doença atingiu os territórios em momentos diferentes, com outro grau de conhecimento sobre sua dinâmica, prevenção e tratamento. Além disso, a Europa adotou restrições duras, derrubou rapidamente o número de novos casos e implantou um sistema eficiente de testes e rastreamento, com raras exceções.
Nesse cenário, o que o ECDC conclui depois de acompanhar de perto 31 países em três níveis (ensino fundamental, primário e secundário) é que:
1) em geral, reabrir escolas não teve impacto significativo sobre a transmissão comunitária;
2) fechar escolas não é, isoladamente, uma medida eficaz para conter a transmissão de coronavírus;
3) abrir ou não é uma decisão que depende muito da capacidade de implantar outras medidas de controle do contágio.
A agência afirma que, sem informações conclusivas sobre o papel das crianças na transmissão do coronavírus, muitos países tomaram a decisões com base no que se sabia sobre o impacto do fechamento preventivo de escolas na transmissão de Influenza.
Eles começaram a fechar as escolas em março e, no final de abril, 80% dos governos haviam parado as creches e pré-escolas, 90%, o ensino primário (de 5 a 11 anos) e 100% o ensino secundário (de 12 a 18 anos). Quatro países (Estônia, Finlândia, Islândia e Suécia) nunca encerraram pré-escolas, e dois mantiveram abertas também as primárias (Islândia e Suécia).
As reaberturas parciais começaram na segunda quinzena de maio na maioria dos Estados europeus. Na Dinamarca, também um dos primeiros a retomar aulas com um detalhado plano de etapas e controles, o novo semestre começa nesta segunda (10), já em modo normal, segundo Liv Arnth Jorgensen, do Ministério da Educação.
Medidas especiais de higiene e distanciamento físico entre estudantes de turmas diferentes, porém, serão mantidos.
A agência observa que menos de 5% dos casos de Covid-19 nos 31 países ocorreram com menores de 18 anos e, nos países que fizeram estudos de anticorpos, o contato de crianças e jovens com o coronavírus se revelou ligeiramente menor que entre adultos.
Estudos em escolas mostraram que era incomum a transmissão de coronavírus entre alunos, e a frequência às aulas não era a principal causa dos casos registrados após a reabertura dos colégios, principalmente entre as crianças menores.
Uma pesquisa conjunta feita por dois países que adotaram ações diferentes (a Suécia, que manteve o ensino primário funcionando, e a Finlândia, que fechou de 18 de março a 13 de maio), concluiu que a interrupção das aulas não teve efeito mensurável no número de casos de Covid-19 entre as crianças.
Quando as escolas reabriram na República Tcheca, em maio, Elis Silveira esperou um pouco antes de mandar Pedro e Isadora para as turmas de quarto e sétimo ano. A presença era opcional, e ela se preocupava com o risco de que o menino pudesse contagiar a avó, com quem faz as lições de casa.
“Depois vimos que estava tudo tranquilo”, diz ela. As turmas eram de no máximo 15 alunos e, para os mais velhos, só duas vezes por semana, em esquema de revezamento -e todos de máscara.
Também na Alemanha o ensino primário adotou turmas alternadas, uma a cada semana, e Michael, 11, voltou logo no primeiro dia, afirma Giovanna Bader. Já sua filha Valentina, 4, ia todos os dias, porque estava em fase de pré-alfabetização.
“Demos graças a Deus. Para os pais foi muito difícil acompanhar o ensino em casa, porque as escolas alemãs não tinham dinâmica nenhuma para o estudo online”, diz ela.
Alemanha e República Tcheca estiveram entre os primeiros países europeus a reabrirem o ensino primário depois de quarentenas, segundo a agência europeia de controle de doenças transmissíveis (ECDC), que publicou nesta quinta (6) um relatório sobre o impacto da volta às aulas.
Não há parâmetros para comparar a situação brasileira com a europeia, porque a doença atingiu os territórios em momentos diferentes, com outro grau de conhecimento sobre sua dinâmica, prevenção e tratamento. Além disso, a Europa adotou restrições duras, derrubou rapidamente o número de novos casos e implantou um sistema eficiente de testes e rastreamento, com raras exceções.
Nesse cenário, o que o ECDC conclui depois de acompanhar de perto 31 países em três níveis (ensino fundamental, primário e secundário) é que:
1) em geral, reabrir escolas não teve impacto significativo sobre a transmissão comunitária;
2) fechar escolas não é, isoladamente, uma medida eficaz para conter a transmissão de coronavírus;
3) abrir ou não é uma decisão que depende muito da capacidade de implantar outras medidas de controle do contágio.
A agência afirma que, sem informações conclusivas sobre o papel das crianças na transmissão do coronavírus, muitos países tomaram a decisões com base no que se sabia sobre o impacto do fechamento preventivo de escolas na transmissão de Influenza.
Eles começaram a fechar as escolas em março e, no final de abril, 80% dos governos haviam parado as creches e pré-escolas, 90%, o ensino primário (de 5 a 11 anos) e 100% o ensino secundário (de 12 a 18 anos). Quatro países (Estônia, Finlândia, Islândia e Suécia) nunca encerraram pré-escolas, e dois mantiveram abertas também as primárias (Islândia e Suécia).
As reaberturas parciais começaram na segunda quinzena de maio na maioria dos Estados europeus. Na Dinamarca, também um dos primeiros a retomar aulas com um detalhado plano de etapas e controles, o novo semestre começa nesta segunda (10), já em modo normal, segundo Liv Arnth Jorgensen, do Ministério da Educação.
Medidas especiais de higiene e distanciamento físico entre estudantes de turmas diferentes, porém, serão mantidos.
A agência observa que menos de 5% dos casos de Covid-19 nos 31 países ocorreram com menores de 18 anos e, nos países que fizeram estudos de anticorpos, o contato de crianças e jovens com o coronavírus se revelou ligeiramente menor que entre adultos.
Estudos em escolas mostraram que era incomum a transmissão de coronavírus entre alunos, e a frequência às aulas não era a principal causa dos casos registrados após a reabertura dos colégios, principalmente entre as crianças menores.
Uma pesquisa conjunta feita por dois países que adotaram ações diferentes (a Suécia, que manteve o ensino primário funcionando, e a Finlândia, que fechou de 18 de março a 13 de maio), concluiu que a interrupção das aulas não teve efeito mensurável no número de casos de Covid-19 entre as crianças.
Segundo os pesquisadores, além de não serem um grupo de risco para a doença, as crianças “parecem desempenhar um papel menos importante do ponto de vista da transmissão”.
No Reino Unido, onde as escolas foram fechadas em 20 de março e ainda não reabriram, há discussão intensa sobre a necessidade de abri-las. A Sociedade de Pediatria britânica afirma que a reabertura é “prioridade número um da sociedade”.
Segundo eles, a falta de aulas agrava a desigualdade de oportunidades entre alunos mais ricos e mais pobres -esses, assim como no Brasil, têm menos acesso a computadores e internet e menos apoio em casa para acompanhar aulas online.
A dificuldade em manter o nível do ensino a distância também foi notada em estudo patrocinado pelo governo alemão, corroborando a impressão de Giovanna sobre a dificuldade de seus filhos.
“Uma infraestrutura técnica e organizacional confiável que pudesse lidar com o fechamento total de instituições de ensino ainda não existe na Alemanha. Crianças e jovens, suas famílias e especialistas em educação são, portanto, particularmente afetados pela crise atual”, diz o estudo publicado nesta quinta pela Academia Nacional de Ciências Leopoldina.
Além do impacto negativo no aprendizado, a falta de aulas tem consequências sérias para a saúde mental e para o desenvolvimento dos alunos, afirmam pediatras e também um dos conselheiros do governo britânico, Graham Medley, do Grupo Consultivo Científico para Emergências. “É uma questão de prioridade: achamos que os pubs são mais importantes que as escolas?”, questionou ele em um programa de TV. No Reino Unido, os bares reabriram no começo de julho.
O debate voltou à tona depois que um estudo recém-publicado previu uma nova onda ainda mais alta de Covid-19 na Grã-Bretanha se as escolas reabrirem sem um programa eficiente de testes e rastreamento de contatos.
Na Itália, um dos países mais severamente afetados pela pandemia, o governo optou por retomar as aulas apenas em setembro.
Em meio a preocupações com um repique do contágio no continente, a agência de saúde italiana afirmou que está decidindo com os ministérios da Saúde e da Educação os cuidados para a reabertura.
Segundo Pier David Malloni, do Instituto Superior de Saúde, haverá vigilância específica para acompanhar as transmissões depois que os alunos voltarem aos bancos escolares.
Fonte: FolhaPress