A semifinal foi emocionante, parecia um filme de suspense, com o Marrocos encurralando os atuais campeões mundiais. 2 a 0 foi um castigo para os africanos. Perderam, mas saíram aplaudidos de pé. Jogo histórico
Doha, Catar
Al Bayt Stadium
A final que todos esperavam.
Argentina e França decidirão a Copa do Mundo de 2022.
Mbappé contra Messi.
O time francês sofreu mais do que esperava. Marrocos, com o apoio maciço de sua torcida e, principalmente, da adesão dos cataris, que assumiram o time africano em nome do ‘mundo árabe’ por conta da religião mulçumana.
O estádio Al Bayt estava 90% vermelho. E o time ágil, versátil, corajoso africano lutou muito. Vibrou, encurralou os atuais campeões mundias na defesa. Acertou a trave do excelente goleiro Lloris.
A força física e a velocidade do Marrocos impressionavam.
Foi um enorme sufoco para os europeus.
Eles desfrutraram do gol marcado por Hernandéz, aos quatro minutos, depois de um vacilo imperdoável do goleiro Bono, que demorou para abafar o chute do lateral esquerdo. 1 a 0 precioso.
Gol que transformou a partida em um filme de suspense, com os africanos pressionando, encurralando os franceses.
Ensandecidos pela oportunidade de chegar à final da Copa e empurrados pela vibração inacreditável das arquibancandas e o recuo exagerado do time de Deschamps, os jogadores do Marrocos encurralaram os franceses.
Mereciam melhor sorte.
Mas a sorte não faltou a Deschamps. Quando a pressão estava enorme, quase insustentável, em um contragolpe rápido, letal, a bola sobrou para Mbappé, que chutou; a zaga travou, e a bola sobrou para que Kolo Muani, que havia acabado de entrar, marcasse, aos 32 minutos do segundo tempo.
2 a 0.
Placar injusto, mas o futebol, como a vida, muitas vezes não é justo.
E os franceses acabaram com o ânimo não só do time marroquino, mas da torcida.
Todos sabiam que o sonho africano havia acabado.
Mas a atuação do Marrocos foi heroica, histórica.
Walid Regragui não teve medo. Adiantou seu time, marcando sob pressão os franceses, como se formassem uma seleção fraca, e não a equipe recheada de estrelas, apontada por toda a imprensa mundial como favorita.
Havia dois grandes problemas. O primeiro era a defesa sólida e solidária dos franceses. Faltava espaço para os arremates. Até mesmo Griezmann se desdobrava na cobertura de Hernández. Marrocos forçava seus ataques pela direita, até com três jogadores, desnorteando Tchouaméni, obrigado a ficar na intermediária, marcando.
O famoso 4-3-3 francês virou 4-5-1, sofrendo com ataques em bloco, coordenados.
O grande lance de talento, de improviso africano, veio em uma bicicleta de El Yamiq, que obrigou Lloris a fazer uma espetacular defesa e espalmar na trave direita francesa, aos 43 minutos do primeiro tempo.
Fonte: R7