Muitas lojas e marcas com existência
física já vinham migrando para o mundo online com a finalidade de
aumentarem suas vendas. Nesse momento, com a paralisação dos negócios e
seu encerramento por conta do Covid-19, existem ainda mais lojas
realizando esta migração para o digital. Embora não seja um fenômeno
novo, a pandemia pode ter acelerado essa mudança para muitas empresas.
Saiba como.
As
mudanças tecnológicas que se operaram no mundo fizeram com que as
marcas precisassem se adaptar aos novos tempos. A alteração nos
interesses do público, bem como o uso regular de dispositivos
eletrônicos, como os celulares, motivaram as pessoas a se interessar,
cada vez mais, pelas lojas que iam aparecendo na Internet.
No
começo, embora o celular gerasse curiosidade, os brasileiros tinham
ainda algum medo de comprar online, já que o funcionamento dos
pagamentos e a qualidade dos produtos era questionada. Ainda assim, aos
poucos, a simplificação do uso dessas plataformas, bem como o
aparecimento de um grande número de opções, fez com que os consumidores
ganhassem maior confiança nessas lojas online, o que motivou a criação
de novas empresas e a migração de lojas que já existiam fisicamente – e
até de grandes multinacionais – também para o mundo digital.
Nesse
momento, a pandemia que vivemos com o Covid-19 está acelerando ainda
mais a tendência da migração virtual. Com a maioria das lojas físicas
fechadas e com os consumidores dependentes das compras online para terem
os produtos que desejam, muitas empresas que exploram a área do varejo
estão tentando acelerar o processo de migração para o online.
Vale
a pena compreender o que está acontecendo com o comércio digital e como
o Covid-19 acelerou a migração digital. Compreenda melhor essa
temática.
- Digitalização das lojas físicas e suas oportunidades
O mundo digital está atravessando um período bem complexo e é inegável que as dificuldades do comércio eletrônico estão aumentando.
Com a entrada de cada vez mais empreendedores e lojas reconhecidas no mercado digital, a concorrência tem vindo a se tornar mais severa, fazendo com que o mercado seja menos permeável e com que o encontro com os clientes em potencial seja mais complexo.
As plataformas de comércio digital foram ainda mais impulsionadas pela realidade atual e, apesar das dificuldades serem inegáveis, a verdade é que os empreendedores com mais experiência têm, agora, a oportunidade de rentabilizar os conhecimentos que têm vindo a ganhar no universo digital, ajudando as empresas que só agora estão migrando a gerenciar tráfego pago e a apreender as principais regras de marketing.
Os números do crescimento digital brasileiro
Segundo
a Associação de e-Commerce ABComm, o número de consumidores online
(pessoas que fizeram pelo menos uma compra através da Internet) no
momento cresceu em cerca de 1 milhão desde o começo da pandemia.
Além disso, surgiram, aproximadamente, 80 mil novas lojas, que correspondem a um crescimento do setor na ordem dos 30%.
- Novos desafios e oportunidades
O aparecimento destas novas lojas surge numa época bem difícil para o e-commerce. Antes mesmo desta crescente migração, os números do comércio online no Brasil já eram representativos. Antes da pandemia, em 2019, segundo a Paypal Brasil e a BigData Corp, o crescimento desse setor teria sido de 37,5%.
O aumento no número de lojas online no Brasil é bem simples de compreender, considerando toda a dinâmica de sua economia. Muitas pessoas estão, pois, buscando no meio online oportunidades para combater o desemprego ou seus salários baixos.
O fato é que, na Internet, começa ser cada vez mais complexo obter o sucesso desejado, já que a concorrência se torna cada vez mais intensa e que é preciso aplicar estratégias de marketing online intensas e funcionais para se conseguir chegar até o público e gerar o lucro pretendido.
Este momento torna mais simples para as empresas digitais já implementadas a geração de lucro, na medida em que podem aproveitar a intenção de entrada de novas empresas para passar um pouco dos seus conhecimentos de marketing digital e para vender espaços de publicidade nos seus próprios espaços digitais.
Fonte: Jornal de Brasília