Pacheco também afirmou que o Senado está trabalhando para que a Anvisa não se atenha a burocracias
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que vai ser reunir de forma virtual com representantes da Pfizer e da Johnson & Johnson na segunda-feira (22), para que possa fazer uma ponte entre as empresas e o governo para poder obter mais vacinas contra a covid-19.
Segundo Pacheco, o entrave é uma cláusula nos contratos das duas vacinas em que as empresas não se responsabilizam por eventuais efeitos negativos dos imunizantes e a União não quer assumir esse risco. Diante disso, Pacheco disse que o Senado tem uma proposta para que União assuma essa responsabilidade, sem que haja repercussão jurídica, em referência à emenda do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) à Medida Provisória das Vacinas.
O presidente do Senado participa neste sábado, 20, de live promovida pelo Grupo Prerrogativas. O tema do debate virtual foi “Sob nova direção: os desafios do Poder Legislativo”.
Pacheco também afirmou que o Senado está trabalhando para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não se atenha à burocracia e possa agilizar o processo de aprovação dos imunizantes.
Em um discurso conciliador, o senador disse que há erros na gestão da pandemia de covid-19 não só do Executivo ou do presidente da República, mas de todas as instituições. Pacheco afirma que tem colaborado com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ponderando, contudo, que o passado terá “julgamento jurídico, político e moral”. Ele ainda mencionou que está pendente a análise do requerimento de instalação da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para apurar a conduta do Ministério da Saúde em relação à pandemia.
“Negacionismo sobre pandemia é um erro, mas não podemos nos render também à negativismo”, referindo-se à avaliação de que tudo está errado no País, após críticas de participantes do debate sobre a postura do governo federal no enfrentamento da doença. “Nessa guerra contra pandemia há erros e acertos”, completou, afirmando que trabalha para diminuir os erros e erradicar logo a covid-19.
Fonte: Estadão