Empresário Flávio Ramos, que se intitula como “sheik brasileiro”, enterrou dinheiro em uma área de restinga e propôs uma caça ao tesouro em local de reprodução de tartarugas em Guarapari.

Mais uma “brincadeira” do influencer que se intitula como “sheik brasileiro” virou caso de polícia em Guarapari, no Espírito Santo. Dessa vez, o empresário Flávio Ramos disse que enterrou dinheiro na praia de Setiba Pina e propôs uma “caça ao tesouro”, o que fez com que várias pessoas fossem até uma área de restinga e reprodução de tartarugas.

O caso aconteceu na segunda-feira (27/11). Segundo o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), a brincadeira provocou degradação da restinga e dos ninhos de tartaruga. A Polícia Ambiental esteve no local e o Iema disse que vai multar o influencer.

Os danos foram causados na Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba, unidade de conservação no entorno do Parque Estadual Paulo César Vinha. O Iema ressaltou que está avaliando a extensão desses danos para calcular e aplicar a multa.

O influencer disse a reportagem que não vai se pronunciar sobre o caso.

O empresário divulgou a “brincadeira” no Instagram e disse que tinha se inspirado no filme “Piratas do Caribe”.


“Essa ficção dos piratas enterrando o ouro na areia da praia me diverte muito. Então, decidi fazer minha própria versão e enterrar meu próprio valor na Praia de Setiba. Espero que vocês se divirtam muito”, falou o influencer em um vídeo postado na rede social.

Em seguida, ele postou fotos dando dicas de onde o dinheiro estava enterrado. Depois, contou que uma pessoa achou o pote com as notas.

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar disse que foi ao local após receber a informação de que várias pessoas estavam na praia após descobrirem que alguém tinha escondido uma quantidade de dinheiro. Por causa da quantidade de pessoas na praia, foi preciso pedir reforço de outras equipes da PM.

Já o Iema informou que registrou a ocorrência e que está providenciando a autuação do responsável por divulgar a informação da “caça ao tesouro”.

“O instituto ressalta que causar dano à unidade de conservação é infração administrativa passível de multa, bem como crime ambiental”, afirmou o Iema em nota.

Fonte: Noroeste News