Caso a hipótese da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) se confirme, há a possibilidade de que algumas dessas 60 mil doses deixem de ser destinadas à D2 e sejam revertidas em primeiras doses
Pelo menos 60 mil pessoas ainda precisam completar o esquema vacinal, ou seja, receber a segunda dose de vacina contra covid-19 no Espírito Santo. No entanto, segundo o secretário esatdual de saúde, Nésio Fernandes, nem todas essas pessoas seriam capixabas.
A afirmação foi feita durante uma entrevista coletiva que aconteceu na tarde desta terça-feira (03). De acordo com Nésio, o Estado considera a possibilidade de boa parte dessas 60 mil pessoas serem turistas, pessoas que vieram ao Espírito Santo para se vacinar.
“Estamos realizando neste momento um cruzamento com o banco de dados do MInistério da Saúde, pois acreditamos que parte desse absenteísmo da segunda dose pode ser referentes aos turistas da vacina”, disse o secretário.
Doses de possíveis turistas poderão ser revertidas em primeira dose para capixabas
Ainda de acordo com o secretário, esses dados estão sendo analisados, e devem ser repassados nas próximas semanas. “Nós acretidamos que parte desse absenteísmo pode estar representado em pessoas que vieram ao Espírito Santo tomar a D1 e estamos concluindo esta semana um cruzamento do banco de dados com o Ministério”, afirmou.
Caso a hipótese da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) se confirme, há a possibilidade de que algumas dessas 60 mil doses deixem de ser destinadas à D2 e sejam revertidas em primeiras doses. “Estamos fazendo esse levantamento para garantir que, caso essa população já tenha completado seu esquema em outro Estado, nós possamos disponibilizar essas vacinas para o início da vacinação com D1”, concluiu.
Medo de efeitos colaterais atrapalha imunização no ES
Além da hiótese dos turistas, o medo de efeitos colaterais das vacinas afasta capixabas da segunda dose dos imunizantes. A afirmação foi feita pelo secretário estadual de saúde, Nésio Fernandes.
“As pessoas falam ‘ah, eu tomei avacina e me senti mla depois, tive um mal estar no corpo, tive sintomas de gripe, parece que fiquei doente’. As pessoas ficam com esse mito de que a vacina as deixou doente e ficam com medo da segunda dose”, afirmou o secretário.
Apesar do medo, o secretário afirmou que os registros de eventos adversos depois da primeira dose da vacina são muito menores.”Os efeitos colaterais na segunda dose são menos frequentes que na primeira, o corpo já está preparado. Na segunda dose o risco é infinitamente menor de causar reações adversas”, disse.
Nésio reforçou a importância de completar o esquema vacinal e destacou que o medo não pode atrapalhar a imunização. “A população precisa entender que esse medo não deve ser um impeditivo para que toda a população colabore para a proteção própria e a proteção coletiva”, afirmou.
Fonte: Folha Vitória