Veículos apreendidos tinham alterações no motor para aumentar a velocidade máxima permitida. Os motoristas serão intimados para prestarem depoimentos.

A Polícia Civil apreendeu nesta sexta-feira (25) nove carros adaptados para corridas clandestinas no estado durante a Operação Linha Final, que busca combater disputas automobilísticas irregulares. Além disso, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Vila VelhaVitóriaSerraCachoeiro de Itapemirim e Guarapari. Segundo a polícia, foram identificados perfis em redes sociais que divulgavam e promoviam eventos clandestinos de arrancada em vias públicas. Os motoristas serão intimados a prestar esclarecimentos.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, quem pratica racha pode sofrer pena de seis meses a três anos de detenção, além de multa, suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

A operação foi realizada pela Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito, em parceria com o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) e o Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (DETRAN|ES).

De acordo com a investigação, as disputas vinham acontecendo nas cidades onde os mandados foram cumpridos. Os veículos recolhidos estavam com modificações que aumentavam a potência e a velocidade.

Carros apreendidos eram modificados para aumentar a potência e velocidade e participar de corridas clandestinas no Espírito Santo — Foto: Divulgação/Polícia Civil do Espírito Santo

Carros apreendidos eram modificados para aumentar a potência e velocidade e participar de corridas clandestinas no Espírito Santo — Foto: Divulgação/Polícia Civil do Espírito Santo

Dos nove carros apreendidos, 1 estava em Vitória, 1 em Cariacica, 1 em Guarapari, 1 na Serra e 5 em Vila Velha.

As investigações seguem em andamento para a polícia identificar outras pessoas envolvidas na promoção e participação desses eventos.

Para o comandante da equipe de Fiscalização do BPTran, tenente Lucas Lourenço, essa operação reflete a preocupação do estado do Espírito Santo com a promoção de um trânsito cada vez mais seguro.

O titular da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT), Maurício Gonçalves da Rocha, destacou que a operação reforçou o compromisso das autoridades em manter a segurança nas vias e reprimir práticas ilegais que colocam em risco a vida e o bem-estar da população.

“Os nove veículos apreendidos tinham adaptações que têm por objetivo o aumento de potência e, consequentemente, a velocidade máxima dos veículos, o que pode causar risco aos próprios participantes, bem como para as pessoas que se encontram no evento”, disse o delegado.

Polícia Civil do Espírito Santo realizou operação para identificar motoristas que participam de corridas clandestinas no estado — Foto: Divulgação/Polícia Civil do Espírito Santo

Polícia Civil do Espírito Santo realizou operação para identificar motoristas que participam de corridas clandestinas no estado — Foto: Divulgação/Polícia Civil do Espírito Santo

O gerente de Fiscalização de Trânsito do Detran|ES, Jederson Lobato, afirmou que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é claro quando se refere às competições em vias públicas.

“As competições em vias públicas precisam de autorização expressa da respectiva confederação desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas, caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via e contrato de seguro contra riscos e sinistros em favor de terceiros. Portanto, esse tipo de evento clandestino, além de configurar ilícito de trânsito administrativo e crime de trânsito, configura graves riscos ao patrimônio e a vida das pessoas envolvidas. Combater práticas proibidas como essa só é possível graças ao engajamento e integração das nossas instituições em defesa da vida”, afirmou Lobato.

A Federação de Automobilismo do Estado do Espírito Santo (Faees) disse que foi intimada a comparecer na delegacia para prestar esclarecimentos sobre os eventos e identificou se os pilotos eram federados e se as competições eram autorizadas.

Ainda segundo a federação, nenhum dos eventos investigados pela polícia teve autorização para ser realizado.

Fonte: G1