Poluição do oceano Atlântico por plástico é maior do que se imaginava, aponta pesquisa

Já é senso comum que o plástico nos oceanos é um problema. Um novo estudo mostrou, porém, que o material e os microplásticos no mar são uma questão de magnitude muito maior do que imaginávamos.

A pesquisa foi publicada na revista científica Nature Communications, na terça (18).

Segundo os pesquisadores, nos 200 metros das águas superficiais do oceano Atlântico podem ser encontradas entre 11 e 21 milhões de toneladas, considerando somente de três tipos de plástico.

O volume estimado pela pesquisa é impressionante, dizem os autores, principalmente ao se levar em conta que esses 200 metros de águas superficiais correspondem só a 5,3% do volume de todo o Atlântico e que o estudo deixou de fora outros tipos de plásticos de diferentes tamanhos.

O estudo considera como microplásticos aquelas partículas do material que medem entre 10 e 100 micrômetros -uma partícula com cerca de 100 micrômetros tem espessura equivalente à de dois fios de cabelo.

Com auxílio de bombas, os pesquisadores coletaram água em 12 locais, num espaço de 10 mil quilômetros de norte a sul no Atlântico, a 3 profundidades diferentes. A mais rasa ficava a 10 metros da superfície; a intermediária, entre 10 e 30 metros abaixo da camada anterior; e as amostras mais profundas foram colhidas 100 metros abaixo da camada intermediária, em locais isolados da superfície do oceano por décadas.

Os cientistas também tomaram cuidados para, no processo de coleta e análise, não contaminarem as amostras com outros microplásticos presentes no ambiente.

A pesquisa se concentrou nos resíduos dos plásticos mais comuns: polietileno, polipropileno e poliestireno. Esses materiais são normalmente usados em embalagens, o que indica vida útil pequena e grande contribuição para o lixo marinho.

Dois desses tipos de plástico, polietileno e polipropileno, foram encontrados em maiores quantidades por metro cúbico. A presença desses materiais na superfície e nos sedimentos marinhos já havia sido documentada anteriormente. O estudo da Nature mostra agora a contaminação abaixo da superfície de áreas remotas do Atlântico Sul.

Segundo os autores, estudos anteriores subestimaram a quantidade de plástico no oceano. O principal motivo para isso, dizem os pesquisadores, foi o papel subdimensionado na poluição marítima dado aos microplásticos com menos de 300 micrômetros.

Com os dados obtidos, buscou-se estimar a quantidade de plástico presente em todo o Atlântico. Considerou-se o volume de plástico produzido entre 1950 e 2015 e o fato de que entre 0,3% e 0,8% do lixo plástico do mundo acaba no Atlântico. A partir daí os cientistas chegaram, então, à estimativa de que há entre 17 e 47 milhões de toneladas de resíduos plásticos nas águas e áreas sedimentares do oceano Atlântico.

Já é senso comum que o plástico nos oceanos é um problema. Um novo estudo mostrou, porém, que o material e os microplásticos no mar são uma questão de magnitude muito maior do que imaginávamos.

A pesquisa foi publicada na revista científica Nature Communications, na terça (18).

Segundo os pesquisadores, nos 200 metros das águas superficiais do oceano Atlântico podem ser encontradas entre 11 e 21 milhões de toneladas, considerando somente de três tipos de plástico.

O volume estimado pela pesquisa é impressionante, dizem os autores, principalmente ao se levar em conta que esses 200 metros de águas superficiais correspondem só a 5,3% do volume de todo o Atlântico e que o estudo deixou de fora outros tipos de plásticos de diferentes tamanhos.

O estudo considera como microplásticos aquelas partículas do material que medem entre 10 e 100 micrômetros -uma partícula com cerca de 100 micrômetros tem espessura equivalente à de dois fios de cabelo.

Com auxílio de bombas, os pesquisadores coletaram água em 12 locais, num espaço de 10 mil quilômetros de norte a sul no Atlântico, a 3 profundidades diferentes. A mais rasa ficava a 10 metros da superfície; a intermediária, entre 10 e 30 metros abaixo da camada anterior; e as amostras mais profundas foram colhidas 100 metros abaixo da camada intermediária, em locais isolados da superfície do oceano por décadas.

Os cientistas também tomaram cuidados para, no processo de coleta e análise, não contaminarem as amostras com outros microplásticos presentes no ambiente.

A pesquisa se concentrou nos resíduos dos plásticos mais comuns: polietileno, polipropileno e poliestireno. Esses materiais são normalmente usados em embalagens, o que indica vida útil pequena e grande contribuição para o lixo marinho.

Dois desses tipos de plástico, polietileno e polipropileno, foram encontrados em maiores quantidades por metro cúbico. A presença desses materiais na superfície e nos sedimentos marinhos já havia sido documentada anteriormente. O estudo da Nature mostra agora a contaminação abaixo da superfície de áreas remotas do Atlântico Sul.

Segundo os autores, estudos anteriores subestimaram a quantidade de plástico no oceano. O principal motivo para isso, dizem os pesquisadores, foi o papel subdimensionado na poluição marítima dado aos microplásticos com menos de 300 micrômetros.

Com os dados obtidos, buscou-se estimar a quantidade de plástico presente em todo o Atlântico. Considerou-se o volume de plástico produzido entre 1950 e 2015 e o fato de que entre 0,3% e 0,8% do lixo plástico do mundo acaba no Atlântico. A partir daí os cientistas chegaram, então, à estimativa de que há entre 17 e 47 milhões de toneladas de resíduos plásticos nas águas e áreas sedimentares do oceano Atlântico.

Os pesquisadores ainda afirmam que o plástico desempenha um papel importante na vida de todos, com benefícios e economias que não encontram concorrência em nenhum produto similar. “Mas a durabilidade do material, que representa uma vantagem em seu uso, é também motivo de preocupação quando o plástico é liberado no ambiente devido a práticas inadequadas de manejo de resíduos”, afirmam os autores.

Fonte: FolhaPress