Alemão está preso sob a acusação de estupro, mas nega a participação no desaparecimento da criança

O alemão Christian Brückner, de 44 anos, é considerado o principal suspeito do caso de Madeleine McCann, uma menina britânica que desapareceu aos três anos, durante uma viagem de férias com os pais para Portugal, em 2007.

Christian está preso na Alemanha, desde 2018, por ter estuprado uma idosa de 72 anos, no ano de 2005, em Portugal.

Há também outras acusações de crimes sexuais envolvendo outras mulheres e crianças. Um dos casos é de uma menina de 10 anos que teria acontecido a poucos quilômetros do hotel na Praia da Luz, onde a família MacCann estava hospedada em Algarve.

Segundo o portal The Sun, investigações policiais descobriram que Brückner tinha fantasias perturbadoras sobre pedofilia, que contou para uma ex namorada.

A ex também revelou que Christian mantinha vários esconderijos, por motivos que ela não ‘sabe bem’. Um complexo degradado no Algarve, uma fábrica desativada e um porão secreto cavado ilegalmente em uma casa na Alemanha foram os que mais chamaram a atenção das autoridades.

Na fábrica, antiga produtora de caixas de papelão, foram encontradas imagens e vídeos explícitos de abuso sexual escondidos sob o corpo de um cachorro morto, além de pertences de possíveis vítimas.

Também foram encontradas conversas dele em fóruns online da deep web sobre sequestro e abuso sexual de crianças. O homem possuia diversos conteúdos de pornografia infantil salvos. 

O suspeito nega as acusações, e que tenha qualquer participação no desaparecimento de Madeleine, mas as invetigações seguem tentando encontrar evidências que confirmem essa conexão. Em 2022, Brückner foi considerado suspeito por promotores de Portugal.

Ele seria julgado pela justiça da Alemanha neste ano, após o Ministério Público em Braunschweig apresentar acusações pelo sequestro e assassinato de Madeleine. O Tribunal Regional de Braunschweig, porém, declarou que não tinha jurisdição sobre as acusações, já que o crime ocorreu fora do território alemão, e suspendeu o julgamento.

Novas buscas

Na última semana, autoridades portuguesas, alemãs e britânicas fizeram uma varredura detalhada dos arredores de um reservatório de água em Algarve, a 50 km do local do desaparecimento da criança.

Segundo o promotor alemão Christian Wolters, o local onde os trabalhos estão sendo realizados pode dar pistas do que aconteceu com a garota há 16 anos. Ele evitou, porém, não deu mais informações sobre as investigações e destacou que não havia uma confissão do principal suspeito ou algo assim.

Durante quatro dias diversos itens, como pedaçoes de tecido e partes de um sutiã, além de amostras de terra foram recolhidos para uma análise. Acredita-se que esse materia pode ser usado para solucionar o caso. 

Christian, sabendo que voltou a ser alvo de investigações, têm feito tentativas ‘desesperadas’, segundo especialistas, para provar sua inocência. De acordo com o tablóide Daily Mail, o homem tem enviado cartas defendendo o lado dele da história.

Porém, a grafóloga Tracey Trussell, que examinou o material escrito pelo condenado nos últimos dois anos, disse que elas mostraram “distorção e ilusão” além de “visões fantásticas e imutáveis, afim de manipular os leitores”. O homem alega que é inocente de todas as acusações feitas contra ele e que conseguirá ‘provar’ tudo.

Fonte: R7