A afirmação é do secretário especial da Receita, Robinson Barreirinhas, que se reuniu com o presidente da Ales, Marcelo Santos, e membros da bancada federal em Brasília

A preocupação com a atividade de comércio internacional pelos portos capixabas, os prejuízos fiscais e a possível redução de empregos no Estado devido à possibilidade de mudança da Alfândega do Porto de Vitória para outro local, foram pauta da reunião entre o presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputado estadual Marcelo Santos, o líder da bancada federal, deputado federal Da Vitória e representantes do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex) com o secretário especial da Receita Federal do Brasil, Robinson Barreirinhas. A comitiva capixaba ressaltou a relevância da Alfândega do Porto de Vitória para o comércio exterior do Espírito Santo.

Os capixabas registraram preocupação com o processo de regionalização proposto, no qual diversos trabalhos, dentre eles o despacho aduaneiro de mercadorias, seriam direcionados à unidade do Rio de Janeiro, sendo prejudicial ao Estado. “Deixamos claro que não vamos aceitar nenhum movimento que trate de maneira diferenciada as movimentações do Espírito Santo. A Alfândega do Porto de Vitória é a terceira maior em volume de importações e a segunda maior em valor médio de Declarações de Importação (DI) no Brasil. Além disso, é responsável pelo controle de 22 instalações e recintos alfandegados no Espírito Santo e atuará em novos projetos portuários em execução, como o Porto da Imetame, com data de início de operação para 2025″, disse Marcelo Santos.

“A bancada capixaba, a Assembleia e o Sindiex trouxeram à Receita Federal a importância para o comércio exterior do Espírito Santo. O Estado tem uma força muito grande na importação e exportação e o secretário especial se comprometeu a debater conosco de trabalhar uma alternativa para facilitar nossa comercialização com outros países”, declarou o deputado federal Da Vitória, líder da bancada capixaba em Brasília.

O secretário especial da Receita, Robinson Barreirinhas, afirmou que não há motivo de preocupação por parte do Estado. “Não existe risco de perda de independência uma vez que somente alguns processos especiais poderão, não obrigatoriamente, ser analisados por outros estado, esse é o objetivo da portaria”, afirmou ele.

Um problema atual da Receita Federal elencado pelo secretário é a falta de mão de obra. Barreirinhas acredita que o problema poderia ser resolvido com a abertura de um concurso público e se prontificou a visitar o Espírito Santo para conhecer a realidade do Porto de Vitória.

Fonte: assessoria do deputado Marcelo Santos