Representantes de sociedades médicas falaram nesta sexta-feira ao #LiveJR sobre programa vacinação contra covid-19
A importância da Índia e da China no fornecimento de vacinas e insumos farmacêuticos se tornou evidente nesta semana, com o Brasil tendo que acionar a diplomacia para garantir imunizantes contra covid-19.
Médicos entrevistados nesta sexta-feira (22) no #LiveJR reforçaram a necessidade de haver diálogo permanente do governo brasileiro com esses países para evitar desabastecimento de insumos durante a campanha de vacinação.
“Sabemos que hoje a China concentra a produção de 90% dos insumos para fabricação de vacinas. Ter um bom relacionamento é fundamental. Isso acho que faz parte da lição de casa de quem gerencia. […] Não adianta ter capacidade de produção se a gente não consegue receber insumos”, explicou a infectologista, professora da Unicamp e consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), Raquel Stucchi.
O presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Juarez Cunha, pontuou o fato de o Brasil precisar imunizar 75 milhões de pessoas somente nos grupos prioritários.
“Tudo tem que ser muito bem planejado, inclusive a parte de insumos. Não só para produzir a vacina, mas para aplicar, seringas, agulhas… lembrando que utilizamos seringas e agulhas para outros procedimentos, temos a campanha de gripe com 80 milhões de doses agora entre abril e maio, temos 300 milhões de doses aplicadas durante o ano nas vacinas de rotina, que nós temos que continuar.”
Os dois médicos reforçaram que os insumos para a produção das vacinas de Oxford (AstraZeneca), pela Fiocruz, e da CoronaVac (Sinovac), pelo Instituto Butantan, dependem de matéria-prima que será enviada de fábricas chinesas.
Os entrevistados falaram ainda sobre o avanço da pandemia no Brasil, as novas variantes do coronavírus e responderam perguntas sobre a vacinação.
Fonte: R7