Após o desastre da barragem de Mariana, a mineradora retomou as atividades no Espírito Santo

Mesmo com a capacidade reduzida, comerciantes de Anchieta estão animados com a volta das operações da Samarco. A economia do município do Sul do Espírito Santo foi duramente afetada pela suspensão das atividades, após o desastre da barragem de Mariana, em novembro de 2015. 

Não é apenas em Anchieta que os empresários estão esperançosos com a retomada da mineradora. Empresas prestadoras de serviço em outas cidades do estado também estão com boas expectativas de negócios. Uma delas, que faz estruturas metálicas, em Guarapari, já recebeu encomendas de peças para a usina de pelotização no município vizinho. 

De acordo com o diretor da empresa, Vinícius Del Pupo, novos funcionários foram contratados desde que a Samarco começou a preparar o retorno das atividades. “A mineradora sempre foi uma parceira muito forte da empresa. A consolidação do retorno é importante para gente”, destacou. 

Gessé Gonçalves e Luciano Burack haviam ficado desempregados após o rompimento da barragem de rejeitos de mineração, no município de Mariana, em Minas Gerais. A tragédia suspendeu as operações da mineradora e de várias prestadoras de serviços.

O sócio proprietário de uma das prestadoras, Robinson Luís, precisou demitir 80% dos quadro de funcionários. “Nós tivemos que dispensar muitos funcionários. Ficamos apenas com 20 pessoas. Tivemos que nos reinventar nesse período”, contou. 

Anchieta não foi atingida pela lama, mas sofreu um duro golpe econômico. As operações da Samarco movimentavam outras atividades na região. O dono de uma farmácia no Centro do município, Ilson Mattos, conta que viu o fluxo de clientes diminuir nos últimos anos. 

“A movimentação era muito grande, tinha diversas empreiteiras na cidade. O fluxo de pessoas era muito grande. Mas com a paralisação das atividades, esse fluxo foi diminuindo”, explicou.

A Samarco voltou a operar no dia 23 de dezembro, com produção inicial de 7 a 8 toneladas de minério de ferro por ano. Isso representa apenas 26% da capacidade, mas já é o suficiente para aquecer a economia do município capixaba. 

Os comerciantes estão otimistas com a volta da operação. Com o retorno na operação, a circulação de trabalhadores dispostos a gastar pela cidade deixa os comerciantes otimistas. 

Fonte: Record TV.