A Corte assinou um termo de cooperação técnica para combater o alto índice de demandas com teor duvidoso que têm chegado aos tribunais
Judiciário do Espírito Santo firmou termo de cooperação com Justiça do Piauí para compartilhamento de novas tecnologias
O Poder Judiciário do Espírito Santo vai contar com o uso de robô para ajudar a identificar ações ajuizadas de maneira fraudulenta no sistema processual do Tribunal de Justiça do Estado (TJES).
A Corte assinou, nesta quinta-feira (25), por meio da Corregedoria Geral de Justiça, um termo de cooperação técnica com a Corregedoria Geral de Justiça do Piauí, visando ao compartilhamento de soluções tecnológicas para combater o alto índice de demandas com teor fraudulento que têm chegado ao sistema dos tribunais em todo o país.
O processo de ajuizamento de ações que não atendem aos protocolos mínimos estipulados pela Justiça é chamado de litigância predatória. Essa prática consiste no ajuizamento de ações em massa, por meio de petições padronizadas, artificiais, com teses não fundamentadas.
O acordo firmado entre a Justiça capixaba e a piauiense atende à Diretriz Estratégica n°. 06, da Corregedoria Nacional de Justiça para este ano. Ou seja, promover praticas e protocolos para tratamento da litigância predatória pelas corregedorias locais, prevendo, ainda, alimentação de banco de informações.
Robô atua no cruzamento de dados que chegam a tribunal
A tecnologia que também deverá ser implantada no Poder Judiciário do Estado foi desenvolvida pela Corregedoria Geral de Justiça do Piauí.
Batizado Robô de Informações da Corregedoria (RIC), o dispositivo tem como uma de suas principais funções, além da automatização de diversas atividades realizadas pelos servidores, o cruzamento de informações em diferentes bases de dados.
“O RIC é um marco importante em nossa busca por maior eficiência e agilidade na administração da justiça no Piauí. Estamos investindo em tecnologia para otimizar nossos processos e oferecer um serviço mais eficaz à população”, afirmou desembargador Olímpio José Passos Galvão, corregedor-geral da Justiça do Piauí, em visita ao Estado.
O corregedor de Justiça do Espírito Santo, desembargador William Silva, por sua vez, ressaltou que a nova tecnologia ajudará a desafogar as demandas no Poder Judiciário capixaba, especialmente no que se refere ao primeiro grau de jurisdição.
“O RIC é uma ferramenta desenvolvida pela Corregedoria do Piauí que automatiza diversas atividades realizadas pelos servidores judiciários, buscando e cruzando informações em diferentes bancos de dados e facilita enormemente a rotina de quem faz a justiça. A sociedade é a maior beneficiada e, sem dúvidas, será uma ferramenta que também vai somar nos trabalhos da justiça de primeiro grau do estado do Espírito Santo”, disse o corregedor-geral capixaba.
Além de participar da solenidade de assinatura do acordo de cooperação técnica, a equipe da Corregedoria Geral da Justiça do Piauí também fez visita técnica institucional ao TJES e conheceu o funcionamento da Corte.
Fonte: Folha Vitória