Quezia Romualdo vai passar o primeiro Dia das Mães ao lado de Lucca, Henry, Maythê e Eloá, frutos de uma gestação de sêxtuplos, e também da pequena Heloísa, a filha mais velha.

‘”Sempre quis uma família grande, mas não imaginava tão grande assim. É cansativo, mas é gratificante”. Esse é o desabafo da dona de casa Quezia Romualdo, mãe dos sêxtuplos que nasceram em Colatina, no Norte do Espírito Santo, no dia 1° de outubro de 2023.

Sete mês após o nascimento das crianças, o domingo do Dia das Mães deste ano vai ser com a presença de quatro dos bebês (dois não resistiram e morreram semanas após o parto) e outra filha mais velha. A rotina de cuidados inclui a troca de cerca de 50 fraldas por dia.

“A nossa vida mudou e a nossa rotina é bem corrida. Dá muito trabalho, mas é muito gratificante. Eu sempre quis ter uma família grande, mas não imaginava tão grande assim, nem nos meus sonhos. Tem muita coisa para fazer e, graças a Deus e à nossa rede de apoio, nós conseguimos”, disse Quezia para o g1.

Quezia é casada com o marceneiro Magdiel Costa e já era mãe da pequena Heloísa, de 5 anos. No dia 11 de maio de 2023, apenas 48 horas antes do Dia das Mães, a dona de casa descobriu a gravidez dos sêxtuplos.

Durante a gravidez, a dona de casa foi acompanhada de perto por uma equipe multidisciplinar e precisou ser internada em um hospital de Colatina com 23 semanas de gestação, no dia 5 de setembro de 2023. O nascimento dos bebês Théo, Matteo, Lucca, Henry, Maytê e Eloá aconteceu no dia 1° de outubro em um parto que durou 10 minutos.

No dia 6 de outubro, a morte do pequeno Matteo foi confirmada pela família em redes sociais e também pelo hospital. O bebê teve o seu quadro clínico agravado em função da prematuridade extrema e morreu cinco dias após o nascimento.

Já no dia 5 de dezembro, morreu o bebê Theo. “Ele foi um guerreiro, mas Deus tirou dele toda dor que estava sentindo e agora está ao lado do seu irmãozinho”, informou os pais nas redes sociais, seguido de um versículo bíblico.

Durante mais de três meses, entre idas e vindas em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs) onde os bebês estavam internados, o pequeno Henry foi o primeiro a receber alta hospitalar no dia 5 de janeiro. No dia 8 de janeiro, foi a vez do Lucca ir para casa.

Pouco mais de um mês depois, no dia 7 de fevereiro, a família voltou a ficar completa em casa com a alta de Maythê e de Eloá. Ao todo, as meninas passaram mais de 120 internadas após o nascimento e a alta foi comemorada com um corredor humano de aplausos para Quezia e a família.

50 fraldas por dia

Mais de sete meses após o nascimento dos sêxtuplos, Quezia contou como está a rotina com todas as crianças pertinho do casal e da filha mais velha. A família mora no bairro Ayrton Senna, em Colatina, e reformou a casa para receber os pequenos.

De acordo com a dona de casa, os primeiros meses foram marcados por privação de sono.

“Como eles são muito prematuros, eu precisava acordar de 3 em 3 horas para monitorar, alimentar. Atualmente, aos sete meses, eles já dormem a noite toda. E isso é um alívio para a gente também”, comentou a mãe.

Segundo Quezia, a noite de sono só foi conquistada porque o casal estabeleceu uma rotina para as crianças.

“Quando vai dando 18h, 19h, a gente já reduz a luz, abaixa o volume das coisas. Eles mamam às 22h e só acordam depois às 6h”, destacou a mãe.

A mãe destacou ainda que toda a despesa da família passou a ser multiplicada por quatro.

“É roupinha, remédio e leite para quatro bebês. As despesas aumentaram muito. Por dia, são cerca de 40 a 50 fraldas para os quatro”, destacou.

Apesar do número de fraldas, Quezia explicou que esta é um despesa que não entra no orçamento do casal ainda.

“Nós ganhamos muitas fraldas e muitos lenços umedecidos, graças a Deus. Acredito que vai dar até para eles desfraldarem com o que temos por aqui”, brincou a mãe.

Fonte: G1