A decisão do STJD foi tomada pelo presidente do órgão, Otávio Noronha, que no despacho criticou uma das justificativas apresentadas pelo Flamengo para remarcar a partida
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) negou nesta sexta-feira o pedido do Flamengo para adiar a partida de domingo contra o Palmeiras, no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro. O clube carioca havia pedido a mudança de data do jogo por causa de um surto do novo coronavírus no elenco, com 16 atletas infectados, além de outras 17 pessoas contaminadas, entre dirigentes e membros da comissão técnica.
A decisão do STJD foi tomada pelo presidente do órgão, Otávio Noronha, que no despacho criticou uma das justificativas apresentadas pelo Flamengo para remarcar a partida. O clube alegava que, pela quantidade de casos, não conseguiria realizar a operação logística para o jogo por ter afastado funcionários da comissão técnica com testes positivos para covid-19.
“(A sustentação) Desprende-se totalmente da realidade ostentada pelo reconhecidamente mais abastado clube da atualidade no Brasil, o mais recente Campeão Nacional e das Américas”, escreveu Noronha.
O presidente cita no despacho que outros jogos com condições semelhantes de casos de covid-19 até na Série D também não foram adiados e comenta o fato de o time rubro-negro ter sido um entusiasta da ideia de se retornar o calendário do futebol até mais cedo do que o permitido.
“Aliás, como é público e notório para aqueles que acompanham o futebol, dentre as agremiações que sempre perseguiram, o quanto antes, a volta dos campeonatos, o próprio Flamengo sempre ocupou posição de protagonismo”, comentou. Com a decisão do STJD, não há mais recursos disponíveis para o time carioca conseguir adiar a partida do próximo domingo.
O Flamengo alega que apenas 12 atletas do elenco estão disponíveis para entrar em campo contra o Palmeiras, dos quais três deles são goleiros. Fora os casos de jogadores contaminados há também três lesionados e fora de condições de atuar, como Diego Alves, Gabriel e Pedro Rocha.
Fonte: Estadão