Na manhã desta quarta-feira (15), delegados da Polícia Civil de Guarapari divulgaram detalhes da investigação da morte do empresário
Um dos cinco suspeitos presos por envolvimento na morte do empresário Thiago Nossa, de 31 anos, em Guarapari, era amigo da vítima e seria o mandante do crime. Segundo a Polícia Civil, ele compareceu ao velório de Thiago para não levantar suspeita.
Na manhã desta quarta-feira (15), delegados da Polícia Civil de Guarapari divulgaram detalhes da investigação sobre a morte do empresário. A vítima foi assassinada no dia 11 de novembro deste ano.
Antes de ser executado, Thiago teria feito uma obra para a empresa do suspeito. Segundo a polícia, os dois eram parceiros de trabalho, mas discutiram por questões financeiras.
De acordo com o titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari, Franco Malini, algumas informações ainda são sigilosas. No entanto, as investigações já apontaram que a morte de Thiago foi encomendada por um empresário da cidade.
“O que a gente sabe nesse momento e que está público é que eles realizaram uma obra no município de Guarapari. Ao final desta obra, quando seria feito o pagamento pelo serviço prestado pela empresa da vítima, eles divergiram quanto aos valores. E essa divergência que criou a inimizade entre vítima e mandante”, explicou.
O homem suspeito de ser o mandante do assassinato do empresário tem 56 anos. De acordo com as investigações da polícia, os dois se conheciam há alguns anos. O suspeito, inclusive, participou do aniversário da vítima, em junho deste ano.
O delegado informou que as investigações duraram 33 dias. Na tarde desta terça-feira (14), a polícia prendeu o mandante do crime, dois intermediadores, um executor e uma mulher que teria participado da morte. Três pessoas foram encontradas em Guarapari e duas na cidade de Eunápolis, na Bahia.
Segundo a polícia, seis pessoas são investigadas. Um homem está foragido e é procurado suspeito de ser o outro executor do assassinato.
As pessoas que foram presas não confessaram o crime e estão detidas temporariamente. As investigações indicaram que os dois executores fugiram para a Bahia em um carro. A polícia foi até o estado vizinho e conseguiu localizar o veículo.
As investigações apontaram que, logo depois do crime, os suspeitos se desfizeram do carro e venderam para uma outra pessoa.
“Uma investigação difícil, porque trata-se de mandante, intermediários e executores. Fazer esse liame entre eles não é fácil. Tivemos apoio da polícia da Bahia para prender os executores. Descobrimos quem são e o carro usado. Quem tramou todo o crime e que intermediou tudo”, esclareceu José Darcy Arruda, delegado-geral da Polícia Civil.
Fonte: Folha ES