Quando se trata de locais para descobrir itens incomuns, o cólon parece ser tão surpreendente quanto as pirâmides do Egito

O subtítulo da reportagem, não é uma piada. Em exames de colonoscopia, registrados em diversas revistas médicas, bem como análises arqueológicas, já mostraram todo tipo de coisas localizadas no reto e nos segmentos do cólon.

Desde uma joaninha viva (em 2019, no ACG Case Reports Journal), centenas de gafanhotos (em múmias de 1.200 anos encontradas no sul do Texas, segundo o International Journal of Paleopathology) e até um projétil de artilharia da Segunda Guerra Mundial (em 2021). 

Normalmente, não é exatamente um mistério como os objetos foram parar lá. Mas ocasionalmente, surge um verdadeiro enigma. Recentemente, durante um exame de rotina, um americano de 63 anos foi surpreendido com um diagnóstico completamente inesperado: os médicos encontraram uma #mosca viva dentro do seu intestino.

O paciente, que não foi identificado, passava por uma colonoscopia periódica, e não apresentava nenhum sintoma. Ele tem refluxo, hipertensão e asma.

“É uma situação extremamente rara e misteriosa, uma mosca intacta vivendo em um cólon transverso, área na parte superior do intestino grosso”, aponta a equipe médica da divisão de gastroenterologia da Universidade de Medicina de Missouri em artigo publicado no periódico American Journal of Gastroenterology em outubro.

Os médicos questionaram o homem sobre como ele teria ingerido a mosca, mas ele afirma não ter tido contato com o inseto nos dias anteriores ao exame.

Como parte da rotina que antecede a colonoscopia, ele precisou passar o dia sem comer alimentos sólidos e usar laxantes para limpar o trato intestinal. Ele afirma ter comido pizza e alface antes do jejum, mas não recorda de uma mosca atrapalhar sua refeição.

Durante o exame, além do inseto, os médicos diagnosticaram o paciente com diverticulose colônica. O quadro é caracterizado pela presença de múltiplas bolsas em formato de balão na mucosa do intestino grosso que podem reter uma pequena quantidade de fezes e causar inflamação ou infecção.

No relato do caso, os responsáveis pelo paciente explicam que não foi possível identificar como a mosca chegou ao intestino, e nem quando e se o inseto será retirado do intestino do homem. Os médicos também não sabem explicar se a presença da mosca tem relação com o refluxo do paciente

Fonte: Jornal Ciência