“Está em jogo a nossa responsabilidade para o futuro da humanidade”, afirmou Vincenzo Paglia, presidente da Pontfícia Academia pela Vida

Opresidente da Pontifícia Academia pela Vida do Vaticano, arcebispo Vincenzo Paglia, publicou uma nota oficial nesta sexta-feira (24) celebrando a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos em revogar o direito das mulheres a fazer um aborto.

“Perante à sociedade ocidental que está perdendo a paixão pela vida, esse ato é um forte convite para refletir juntos sobre um tema sério e urgente que é a geração da vida humana e das condições que a tornam possível. Escolhendo a vida, está em jogo a nossa responsabilidade para o futuro da humanidade”, diz o comunicado.

Paglia cita a nota dos presidentes da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, José Gomez, e o do Comitê pela Atividade Pró-Vida, William Lori, que afirmam que “por quase 50 anos, os EUA aplicaram uma lei injusta que permitiu a alguns decidir se outros podem viver ou morrer e essa política provocou a morte de dezenas de milhões de bebês, gerações para quem foi negado o direito de nascer”.

“Esse é um momento de sanar feridas e reparar divisões sociais. Um momento de reflexão racional e diálogo civil, de encontro para construir uma sociedade e uma economia que apoiem os matrimônios e as famílias e que cada mulher possa ter apoio e recursos necessários para trazer o filho a este mundo com amor”, ressalta.

Em nenhum momento, porém, a nota do Vaticano cita os casos em que a gravidez é fruto de estupro ou incesto.

“A proteção e a defesa da vida humana não é uma questão que deve ficar confinada ao exercício dos direitos individuais, mas uma questão de amplo significado social. Depois de 50 anos, é importante reabrir um debate não ideológico sobre o lugar que a tutela da vida tem em uma sociedade civil para pedir que tipo de convivência e sociedade se quer construir”, acrescenta.

O comunicado ainda pede que sejam “desenvolvidas políticas que promovam condições de existência favoráveis à vida sem cair em posições ideológicas a priori” e que deve ser dada “também uma adequada educação sexual, garantir uma assistência sanitária acessível a todos e predispor medidas legislativas para proteger a família e maternidade”.

Fonte: IG