O alvo é uma organização criminosa especializada no envio de cocaína para a Europa. São cumpridos 215 mandados em vários estados
A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta segunda-feira (23/11) a Operação Enterprise, a maior do ano no combate à lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, de acordo com a PF. O alvo é uma organização criminosa especializada no envio de cocaína para a Europa.
Cerca de 670 policiais federais e mais 30 servidores da Receita Federal cumprem 149 mandados de busca e 66 mandados de prisão nos seguintes estados: Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco. As medidas foram expedidas pela 14ª Vara Federal de Curitiba.
Além das medidas expedidas pela 14ª Vara, a Polícia Federal tem permissão para sequestrar aproximadamente R$ 400 milhões em bens do narcotráfico. Entre eles, aeronaves, imóveis e veículos de luxo. De acordo com a PF, existe a expectativa de que novos bens sejam identificados após o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
Segundo a PF, a Operação Enterprise é a maior da história em apreensão de cocaína, pois, no decorrer da investigação, foram apreendidas 50 toneladas da droga em portos do Brasil, da Europa e da África. Tal volume coloca a organização criminosa como uma das maiores em atuação no país.
O esquema utilizado pelos criminosos consistia na lavagem de bens e ativos multimilionários no Brasil e exterior com uso de “laranjas” e empresas fictícias, a fim de dar aparência lícita ao lucro do tráfico.
Em continuidade às ações de cooperação internacional, foram expedidas, ainda, difusões vermelhas na Interpol para a prisão de oito investigados que estão no exterior, bem como a identificação e sequestro de bens em outros países.
Enterprise O nome da operação faz alusão à dimensão da organização criminosa investigada, que atua como um grande empreendimento internacional na lavagem de dinheiro e exportação de cocaína, o que trouxe alto grau de complexidade à investigação policial.
Fonte: Metrópoles