O faturamento, que já é 30% menor durante a pandemia, cai ainda mais com duas horas a menos de segunda a sábado
O município de Vitória voltou para o risco moderado do coronavírus, de acordo com o novo Mapa de Risco que entrou em vigor nesta segunda-feira (1º). A mudança obriga bares e restaurantes a reduzir, de novo, o horário de funcionamento. Os comerciantes estão preocupados.
Após seis meses com o restaurante fechado, e uma série de restrições na reabertura, na última semana, o empresário Saulo Santos finalmente havia enxergado uma brecha na escuridão. Como o município de Vitória havia sido classificado em risco baixo, o horário de funcionamento chegou a voltar ao normal, mas durou apenas uma semana.about:blank
A capital regrediu na classificação de risco, e o horário dos bares e restaurantes também. “A gente não consegue planejar direito. Semana passada a gente teve um movimento maior, fizemos compromisso maior e mais pedidos. Agora, os boletos vencem essa semana e vamos ter movimento reduzido, mas precisamos arcar com os compromissos”, disse Saulo.
Se na semana passada, o bar fechava à meia noite, agora precisa encerrar as atividades às 22 horas. Uma redução de duas horas, justamente no horário de pico. “Nosso horário de maior movimento é entre 22h e meia noite, que é quando tenho maior consumo e as pessoas, no final de semana, são acostumadas a sair de casa mais tarde”, relatou.
O vai e volta nas regras não mexe apenas com o faturamento dos bares e restaurantes, mas interfere diretamente na rotina das equipes, pois muda escala, altera horário de trabalho e acaba gerando preocupação entre os funcionários.
O faturamento, que já é 30% menor durante a pandemia, cai ainda mais com duas horas a menos de segunda a sábado, mas o que mais faz falta é poder atender aos domingos, após as 16 horas.
O presidente do Sindicato dos Bares e Restaurantes, Rodrigo Vervloet, defende mudanças. “O setor recebe com muita frustração esse retorno de algumas cidades para o risco moderado. Essa imprevisibilidade não tem como dialogar com o empresariado, que já vinha comprando insumos para aumentar seus estoques. Agora, uma semana depois, entramos em um cenário completamente diferente”, disse.
*Com informações da repórter Andressa Missio, da TV Vitória/Record TV